Foto: Eduardo Moura
Durante três dias de debates, oficinas e construções coletivas, o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) promoveu o 3º módulo de formação do projeto “Programa Escravo, Nem Pensar!”, entre os dias 1º e 3 de outubro, na Escola de Governo do Maranhão (EGMA). A culminância, realizada na sexta-feira (3), marcou o encerramento de um ciclo formativo que reafirma o papel da educação como instrumento de transformação social, combate ao trabalho escravo contemporâneo e enfrentamento às diversas formas de discriminação.
O evento reuniu coordenadores e coordenadoras dos 53 Institutos Plenos, além de psicólogos e assistentes sociais do IEMA da região metropolitana de São Luís. A proposta foi fomentar um espaço de diálogo e troca de experiências, fortalecendo a atuação dos profissionais na construção de práticas pedagógicas comprometidas com a equidade racial, de gênero e social.
A programação incluiu também o Encontro das Coordenadoras e Coordenadores do Núcleo de Educação Antirracista e em Direitos Humanos (NEADH), que abordou o tema “Caminhos para o enfrentamento às discriminações e violências no ambiente escolar”. Organizados em grupos de trabalho, os participantes elaboraram propostas em torno de cinco eixos centrais: misoginia e machismo; LGBTfobia; racismo religioso e cultural; racismo estrutural, sistêmico e institucional; e racismo ambiental e territorial. Essas discussões resultaram em encaminhamentos práticos que irão orientar o desenvolvimento de ações contínuas nas unidades do Instituto, promovendo uma cultura de paz, inclusão e respeito à diversidade em todo o ecossistema educacional do IEMA.
Foto: Eduardo Moura
A diretora-geral do IEMA, Cricielle Muniz, destacou que o projeto representa um marco no fortalecimento de uma política educacional voltada à justiça social e à formação cidadã. Segundo ela, o módulo reforça o compromisso do Instituto com uma educação que integra ciência, tecnologia e humanismo.
“Esse encontro mostra a força do nosso projeto pedagógico, que une ciência, tecnologia, direitos humanos e justiça social. A culminância deste módulo não é um ponto final, mas o início de novas práticas que vão impactar profundamente a vida das nossas escolas e comunidades. O IEMA é uma política pública que nasceu para transformar vidas, oferecendo não apenas acesso ao ensino técnico e científico, mas também uma formação humana, crítica e comprometida com a transformação da realidade. Cada Instituto Pleno é um espaço de esperança e de construção de futuros, e esse projeto reafirma que o conhecimento precisa caminhar lado a lado com o respeito, a empatia e a luta contra as desigualdades. Ao debatermos temas como racismo, discriminação e trabalho escravo, formamos jovens conscientes do seu papel no mundo, capazes de questionar, propor e transformar. Esse é o verdadeiro sentido da educação: libertar, incluir e criar novas possibilidades de vida.”
Foto: Adê Holanda
Para a coordenadora de Diversidade e Relações Étnico-Raciais do IEMA, Maitê Sousa, a formação consolidou um processo coletivo de fortalecimento das práticas pedagógicas voltadas à diversidade e à justiça social.
“Estamos construindo coletivamente uma escola que não apenas transmite conhecimento, mas que forma cidadãos e cidadãs conscientes, capazes de enfrentar as desigualdades e promover a justiça social. Essa formação foi um espaço potente de escuta, de partilha e de reconhecimento da nossa responsabilidade enquanto educadores e gestores públicos. O IEMA tem mostrado que é possível construir uma educação que acolhe, que transforma e que dá voz às diferenças. Nosso desafio é garantir que cada Instituto Pleno seja referência em educação antirracista e em direitos humanos, onde os estudantes se reconheçam, se orgulhem de suas origens e compreendam que o respeito à diversidade é o caminho para uma sociedade mais justa. O trabalho que realizamos aqui reflete a convicção de que a educação é a ferramenta mais poderosa que temos para romper com os ciclos de exclusão e promover uma verdadeira cultura de paz e equidade.”
A atuação da Coordenação de Diversidade e Relações Étnico-Raciais (CDER) e dos Núcleos Internos de Educação Antirracista e em Direitos Humanos (NEADH) foi um dos eixos centrais da formação. A CDER promove uma educação antidiscriminatória, antirracista e baseada nos direitos humanos, por meio de formações continuadas, ações afirmativas e atividades culturais. Já os NEADH fortalecem um currículo multicultural, promovendo oficinas, capacitações, ciclos de estudo e práticas de justiça restaurativa nas unidades.
Com o encerramento do 3º módulo do Programa Escravo, Nem Pensar!, o IEMA reafirma seu compromisso com uma educação pública transformadora, inclusiva e promotora da equidade, consolidando-se como referência nacional na construção de políticas pedagógicas voltadas à justiça social e ao respeito à diversidade.
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