A 1ª Feira Cultural e Étnico-Racial do Maranhão aconteceu de forma virtual no dia 4 de novembro e nos dias 7 e 8 de novembro de maneira presencial, transformando o Convento das Mercês em um espaço vibrante de celebração da cultura, ciência e inclusão. Organizado pelo Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), o evento contou com apresentações de estudantes, palestras, mesas-redondas e atrações culturais, destacando e valorizando as raízes e a ancestralidade da cultura maranhense.
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Ao longo dos dois dias, os alunos do IEMA demonstraram o potencial transformador da educação por meio de performances culturais, exposições artísticas e demonstrações de projetos que abordavam a diversidade e as raízes culturais do Maranhão. Entre os destaques, as apresentações de Capoeira do Moviema do IP Centro, Cacuriá do IP Itaqui-Bacanga, Maculelê do IP Tutóia e Tambor de Crioula Minha Ilha tem Palmeiras do IP Gonçalves Dias, onde mostraram as riquezas das tradições locais, sempre com um olhar voltado para o protagonismo juvenil e o fortalecimento de identidades.
“Esta feira representa o nosso compromisso em construir um espaço onde a educação se alia à valorização da diversidade cultural. Estamos mostrando que nossos alunos têm voz e que são protagonistas na construção de um Maranhão mais inclusivo e igualitário”, afirmou a Diretora Geral do IEMA, Cricielle Muniz.
A programação da feira incluiu palestras e mesas redondas com especialistas, lideranças comunitárias e pesquisadores, que debateram temas como inclusão, igualdade racial, história, literatura afro-brasileira e os desafios da construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Os debates trouxeram reflexões importantes e estimularam o engajamento dos participantes, reforçando o papel do evento como um espaço de diálogo e construção coletiva.
“A FECULEMA é um momento de reafirmarmos as nossas raízes e de empoderarmos cada jovem aqui presente. Nossa missão é dar visibilidade às narrativas que compõem a diversidade maranhense e mostrar que há força na inclusão e no respeito às nossas origens”, destacou a Cientista Social e Coordenadora de Diversidade e Relações Étnico-Raciais do IEMA, Maitê Sousa.
Durante a feira, os melhores trabalhos e projetos apresentados pelos alunos foram premiados, reconhecendo o esforço e a criatividade dos jovens maranhenses. No eixo temático “Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente”, os destaques foram: Maria Raimunda Gomes de Sousa Martins, com o projeto “Sustentabilidade e Potencial Econômico do Babaçu: Impacto nas Comunidades Rurais de Codó”; Nayrana Araujo de Morais, com “Extração de Óleos Essenciais da Tangerina (Citrus reticulada) para a Produção de Sabonetes Artesanais”; e María Bethania de Figueiredo Melo, com “Monstrinhos Recicladores: Educação Ambiental através de um Jogo Digital Interativo”.
No tema “Patrimônio Material/Imaterial e Território”, foram premiados: Joyce Cristine Silva Lopes, com “Tambor de Cratéus: Resistência e Tradição”; Erick Macgregor Santos Lima, com “Raízes Negras: Plataforma Digital para Preservação da Memória Afro-Maranhense”; e Carlos Alexandre Leite Baima do Lago, com “Dança do Caroço: Identidade Cultural e Legado da Comunidade Quilombola de Itaperinha e Povoado Dendê, em Tutóia”.
Em “Educação Antirracista, Equidade de Gênero e Direitos Humanos”, os vencedores foram: Willians de Matos Rodrigues, com “O Índio que Mora nas Nossas Cabeças: Pequenos Passos para uma Desconstrução”; Lute Rafael de Souza, com “Mamulengos na Abordagem de Temas como Racismo e Igualdade de Gênero”; e Dayane de Sousa Lima, com “Espelhos da Diversidade: Uma Jornada Interativa sobre Identidade com Alunos do IEMA Pleno Sousândrade”.
Já no tema “Cultura Local e Cidade”, destacaram-se: Jessica Adriana dos Santos Silva, com “Arte Corporal dos Povos Guajajara nos Rituais da Menina Moça e Passagem dos Rapazes”; José Ricardo Sousa Galvão, com “Urrou Urrou: Cultura Popular e Sociedade Maranhense”; e Gladson Diniz Pinheiro, com “Relato de Experiência do I Simpósio Temático ‘Arte, Educação e Cultura: Saberes Indígenas’ em Amarante do Maranhão”.
Por fim, no eixo “Contextos Étnico-Raciais, de Gênero e Indígena nas Ciências”, os projetos premiados foram: Lute Rafael de Souza, com “Condensador Caseiro: Solução para Remoção da Capa Rosa e Purificação da Água do Mar em Comunidades Costeiras e Ribeirinhas de Descendência Quilombola em Tutóia-MA”; Renata Maria Sousa Castro, com “Yvy Marã Rising: Jogo Educativo para Conscientização sobre Racismo Ambiental e Justiça Social”; e Antonio José de Sousa Silva, com “A Ciência e a Astronomia Indígena da Aldeia Ka’apor”.
A premiação dos melhores trabalhos da FECULEMA destaca a importância de valorizar o talento, o esforço e a criatividade dos jovens estudantes do IEMA. Reconhecer projetos que abordam questões sociais, culturais, ambientais e científicas com originalidade e profundidade reforça o papel transformador da educação.
O encerramento contou com atrações musicais que animaram o público e coroaram o evento com uma verdadeira celebração cultural. A performance “Carnaíba”, apresentada por Marcelo Luna, também emocionou o público, seguida pela grande atração final, o Boi de Santa Fé, que fechou o evento com chave de ouro, celebrando as raízes culturais e as manifestações folclóricas do Maranhão.
A 1ª Feira Cultural e Étnico-Racial do Maranhão foi um marco de sucesso, consolidando-se como um dos maiores eventos de valorização da cultura e da educação no Estado, mostrando a força do IEMA como promotor de transformação e inclusão.
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