Cururupu, 05 de janeiro de 2023.
O presente de ontem, a presença de hoje e o presentear do amanhã
Boa noite a todos e a todas,
De início, gostaria de saudar, de modo muito especial, todos os formandos do IEMA Pleno de Cururupu, meus queridos alunos e alunas dos cursos de Alimentos, Manutenção e Suporte em Informática, Meio Ambiente e Serviços Jurídicos.
Nesta saudação, permito-me trazer o abraço fraterno e os votos alvissareiros de sucesso da secretária de Educação, Senhora Leuzinete Pereira; do vice-governador, Senhor Felipe Camarão; e do governador, Senhor Carlos Brandão.
Aos queridos diretores e amigos, Marcio Lopes, da Diretoria-Adjunta Pedagógica e Alessandra Picanço, da Diretoria-Adjunta Administrativo-Financeira.
Eu sou muito grato, vocês são meu lastro e uma fonte inesgotável de inspiração para o IEMA e em todas as dimensões de nossas vidas.
Do alto da minha gratidão, cumprimento este trio gestor, rendendo graças à gestora-geral, Marileide Costa; à gestora pedagógica, Miriam Duarte; e ao gestor administrativo-financeiro, Nédson Coelho.
Esses profissionais têm nos presenteado com uma história vitoriosa de conquistas e de superação de desafios, que são presença inequívoca, unida e forte diante da realidade objetiva que se apresenta no instante mais imediato de hoje, e nos presenteiam com exemplos para o futuro que se avizinha, com novos sonhos ainda mais bonitos que aqueles já realizados até aqui.
Queridos professores, não há linha do tempo na formação dos jovens em que vocês não apareçam unidos aos pilares da educação, como parte essencial do aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser. Eu vos cumprimento me irmanando a cada um de vocês.
Saúdo e agradeço também a toda a equipe técnica, de apoio da unidade e de todo o IEMA, pois sem vocês não estaríamos aqui para celebrar esta conquista.
Queridos pais e familiares, eu os saúdo com a certeza de que vocês são a inspiração mais sublime de tudo que foi, de tudo que é e de tudo que será daqui para frente. Vocês são os maiores sabedores da alegria divina – que é a de nunca esquecer o sorriso da criança que vocês carregaram no colo -, confiantes de que naquele sorriso havia a presença atemporal de Deus, mostrando suas bênçãos e suas dádivas. Vocês são gigantes, e o IEMA é grato por todo o apoio que vocês nos deram nesses 3 anos de caminhada.
● Ao patrono, Aldo Lopes, prefeito de Cururupu, sendo representado, neste ato, pelo secretário Municipal, Sr. Graciel Barbosa;
● À paraninfa, professora Gisele Cardoso;
● À oradora, aluna e colega conselheira suplente do CONSUP-IEMA, no período de 2021-22, Yara Yasmim.
Muito obrigado pelas vossas honrosas contribuições ao Instituto.
Senhoras e senhores, quando tomei posse como reitor do IEMA, em fevereiro de 2021, tinha diante de mim um novo desafio que se descortinava. Naquele momento, meu projeto de vida pessoal voltava a se cruzar com o meu projeto de vida de técnico de edificações, formado numa escola técnica federal em 1986, pois passaria a liderar um projeto de vida coletivo, o projeto de vida do IEMA, um instituto multicampi de educação, ciência e tecnologia, público e gratuito do Maranhão.
Quanta honra e responsabilidade!
Esses desafios nos remetem ao antropólogo Viveiros de Castro, quando nos indaga sobre as inquietações do pensador indígena Ailton Krenak acerca da humanidade: Como nos vemos nesta humanidade a qual pensamos pertencer? Quais são os nossos sonhos? Como pensamos que podemos ajudar a adiar o fim do mundo, ou melhor ainda, como parar o processo de degradação e destruição em curso?
Essas questões são duras e difíceis de responder, mas nós podemos nos colocar de mãos dadas com aqueles que têm em comum o desejo de justiça social, o respeito ao nosso meio ambiente, a certeza de que os seres humanos não estão sozinhos neste planeta e de que todas as nossas conquistas em ciência e tecnologia devem ser continuamente revistas e atualizadas.
Por isso, cabe a vocês, queridos formandos, presentear o futuro, não amanhã, mas agora, já no presente! Como homens e mulheres, jovens vitoriosos que são, cheios de criatividades, falo no plural, pela diversidade da criação e pela pluralidade da imaginação.
Esta fala aberta e fraterna ampara-se na capacidade avançada de inovação que vocês carregam em si. Por isso, neste momento de congratulações pela vitória dos nossos formandos, eu não quero saudá-los sozinho, desejo um acolhimento gigante e peço para esta geração ciência uma calorosa, amorosa e forte salva de palmas de um minuto!!!
Queridos formandos e formandas, no século XIX, o escritor francês Charles Baudelaire escreveu sobre “os olhos dos pobres”, tendo como contexto histórico a Paris haussmanniana, onde foram demolidos, em meados do século XIX, inúmeros “quartiers” populares para abrir espaços para os grandes “boulevares”, com novas tipologias para ricos apartamentos e cafés. Esse cenário mundialmente admirado é o mesmo que ele utiliza para ancorar sua poética nas angústias que nos perturbam até hoje. Cito expressamente o trecho que é representado por um pai de família, com seus filhos, de mãos dadas a um jovem menino e com uma criança mais nova no colo, diante de um luxuoso café parisiense.
“Os olhos do pai diziam: Que beleza! Que beleza! Dir-se-ia que todo o ouro do pobre mundo fora posto nessas paredes.
Os olhos do jovem menino: Que beleza! Que beleza! Mas é uma casa onde só podem entrar pessoas que não são como nós!
Quanto aos olhos da criança, eles estavam fascinados demais para exprimirem outra coisa senão uma alegria estúpida e profunda”.
Três imagens que nos marcam! A primeira é a do pai que tem a clareza de que o nosso ouro nos foi tirado e enriquece aquelas paredes. A segunda imagem é a do jovem menino que, embora não compreendendo tão claramente a exploração de uns pelos outros, entende, na própria pele, no próprio corpo excluído, que ele não participa da aventura moderna do desenvolvimento excludente. A terceira é a imagem da criança de colo, que só tem olhos para a beleza e nada questiona, apenas vive o momento com uma intensa alegria, inocente e visceral.
Meus caros presentes, de ontem, de hoje e de amanhã, foi contra essa lógica perversa e excludente que um Instituto totalmente dedicado à educação, ciência e tecnologia foi criado no Maranhão, ele se chama IEMA e veio para que jovens meninas e meninos não fiquem parados na porta, olhando, apenas olhando e pensando que aquela riqueza do conhecimento não seria para eles.
Não! Não era mais isso, aquela riqueza não só era para eles, como também era deles, pois lá eles entraram de corpo inteiro, de alma aberta e com o coração aos pulos. Três anos depois, aqui estão eles se formando, tornando-se mulheres e homens donos de seus destinos, concluindo uma etapa de seus projetos de vida e abrindo novos objetivos.
O IEMA, que foi criado pelo então governador Flávio Dino, em janeiro de 2015, e implantado pelo então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Bira do Pindaré, já tem uma história incrível para contar, protagonizada pelo seu corpo discente e docente.
Das 3 unidades plenas implantadas em 2016, iniciaremos o ano de 2023 com 34 unidades, funcionando em tempo integral e ofertando 51 cursos técnicos no estado. Dos 480 alunos inscritos em 2016, iremos matricular 13 mil alunos em 2022. Esta vitória pertence ao povo do Maranhão e o IEMA Pleno Cururupu honra cada capítulo desta linda história, com as suas inúmeras medalhas e conquistas.
Além das unidades plenas, o IEMA tem ainda uma forte inserção na educação profissionalizante, por meio dos cursos de formação inicial e continuada (FIC), atuando em mais de 100 municípios, com 23 unidades vocacionais, 1 unidade vocacional integrada, 3 unidades do IEMA no campo e 2 unidades bilíngues.
Esse processo em curso é marcado pela consolidação de uma instituição que vem transformando o projeto de vida de uma grande parcela da juventude do Maranhão, ampliando seu acesso à profissionalização, lançando bases para que a nossa linha do tempo seja longa, nosso tecido narrativo seja vivo e constantemente ampliado, colocando nosso projeto de vida num caminho luminoso, espiralar e ascendente.
Queridos formandos e formandas, uma etapa se finda e outra se inicia com a chegada de novos projetos de vida e novos objetivos. Mas o que esperar dos próximos caminhos que se anunciam? Para o escritor Ítalo Calvino, quando perguntado sobre o que esperar do terceiro milênio (este em que vivemos), ele respondeu: “Só podemos esperar um pouco mais daquilo que podemos levar”. Então, é sobre isso, queridos jovens protagonistas e construtores dos futuros possíveis, levem consigo tudo o que aprenderam no IEMA, mas não se esqueçam de levar os sonhos, os desejos de mudança e de fazer sempre a melhor versão de vocês mesmos. Vão, sigam o caminho iluminado do conhecimento, construam as suas vidas, mudem o mundo, o Brasil, o Maranhão. Viva Cururupu! Salve o IEMA, Ciência e Tecnologia para a vida!
Alex Oliveira
Diretor-Geral do IEMA.
IEMA - Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
Endereço: Rua Primeiro de Maio, n°80. Bairro Anil. São Luís/MA. 65046-280
De Segunda a Sexta das 08h às 19h.
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