O Seminário tem como finalidade promover debates e reflexões sobre a importância da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), sendo uma oportunidade valiosa para diferentes atores compartilharem seus saberes, as boas práticas e os desafios com profissionais de diversos partes do país. É um espaço para refletir sobre o presente e o futuro que almejamos para a EPT, contribuindo no desenvolvimento de soluções para o seu aprimoramento e de decisões mais assertivas na adoção/expansão de políticas públicas específicas no Estado do Maranhão.
Objetivos:
O Seminário será realizado em formato presencial, com transmissão ao vivo nos canais oficiais do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia. Será composto por palestras, mesas-redondas, debates e espaço para networking entre os participantes. Será uma oportunidade única para aprender com os melhores profissionais da área, trocar experiências e contribuir para o fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica no Maranhão.
Participe do Seminário Estadual de Educação Profissional e Tecnológica e faça parte desse importante movimento de cooperação entre os estados, fortalecendo a rede nacional e contribuindo para a melhoria da qualidade da Educação Profissional no Brasil.
Eixo Temático: Políticas Nacionais de Educação Profissional e Tecnológica
Mediação: Lucas Diniz
Convidados: 15h às 16:30h
Convidados: 16:30h às 17h
Eixo Temático: Estratégias Estaduais de Promoção da Educação Profissional e Tecnológica.
Mediação: Abenaias Almeida – Diretor Adjunto Pedagógico – IEMA
Convidados:
Eixo Temático: Educação Profissional e Tecnológica: Experiências e Perspectivas
Mediação: Kennya Castro – Coordenadora do Modelo Pedagógico – IEMA
Convidados:
Eixo Temático: Mundo do Trabalho, Inovação e Empreendedorismo na Educação Profissional e Tecnológica
Mediação: Jofran Filho – Diretor Adjunto Administrativo Financeiro – IEMA
Convidados:
Eixo Temático: Diversidade, Inclusão e Equidade na Educação Profissional e Tecnológica
Mediação: Maitê Sousa – Núcleo de Diversidade e Relações Étnicos-Raciais – IEMA
Convidados:
Para homenagear pessoas que muito impactaram na história do Estado do Maranhão, cada Painel Temático do Seminário Estadual de Educação Profissional e Tecnológica leva o nome de uma figura maranhense ilustre.
João Batista do Vale nasceu em 11 de outubro de 1934 em Pedreiras, que fica a cerca de 245 km de São Luís. De origem humilde, se mudou para São Luís em 1947, em busca de uma vida melhor, mas já gostava de música.
Com 13 anos de idade, vendia laranjas na capital e começou a compor músicas em grupo de bumba meu boi, mas precisou sair de São Luís para poder ter mais retorno financeiro com seu talento.
Depois de passar por Teresina e outras cidades, finalmente João chega ao Rio de Janeiro, em 1950, onde teve o reconhecimento de seu talento e se tornou o ‘Poeta do Povo’.
Além de brilhar como cantor, João é o autor de clássicos da música brasileira, como ‘Carcará’, imortalizada na interpretação de Maria Bethânia; Peba na pimenta, com Adelino Rivera; e Pisa na fulô, com Ernesto Pires e Silveira Júnior.
Mulher, negra e pobre, Maria Aragão desafiou as expectativas, tornando-se médica e defensora dos oprimidos. Nascida em 10 de fevereiro de 1910 em Engenho Central, no município maranhense de Pindaré-Mirim, com o nome Maria José de Camargo Aragão, era a terceira de sete filhos de Emídio Aragão, guarda-fios descendente de africanos, e de Maria José Camargo Aragão, analfabeta determinada na educação dos filhos.
Mudou-se para São Luís, sob a influência da mãe. Ali deu-se início a sua jornada educacional, alimentando o sonho de se tornar médica. A mãe, consciente das dificuldades, guiou seus filhos pela noite nos estudos, ensinando-lhes que a educação seria a chave para superar a fome.
Seu percurso na Medicina começou em 1934, no Rio de Janeiro. Em meio a sacrifícios e privações realizou o sonho de estudar Medicina na antiga Universidade do Brasil. Enfrentou desafios financeiros e doenças. Noites de apenas três horas de sono e fome quase a fizeram desistir, mas sua determinação prevaleceu.
Mesmo durante a Ditadura Militar (1964-1985), ela manteve sua atuação médica como uma bandeira de resistência, enfrentando humilhações ao atender pacientes em seu consultório sob a vigilância policial. Presa em diferentes momentos, inclusive sendo brutalmente torturada em 1973, Maria Aragão permaneceu resiliente.
Seus amigos fundaram o Instituto Maria Aragão em 2001, mantendo viva a luta pelos direitos humanos. O Memorial Maria Aragão, inaugurado em 2004, no Centro Histórico da capital maranhense, São Luís, é um tributo à sua vida, projetado por Oscar Niemeyer para preservar a memória da “besta fera” que desafiou preconceitos e injustiças, inspirando gerações a transformar indignação em ação.
Maria Aragão transcendeu as barreiras da adversidade para se tornar uma figura monumental na história do Brasil. Seu legado vai além das fronteiras políticas, refletindo-se em um compromisso genuíno com os menos favorecidos. Sua vida é um testemunho de coragem, desprendimento e determinação em meio a uma época de preconceitos e discriminações.
Lilah Lisboa (1898 – 1979) Filha de um português com uma brasileira, Lilah Lisboa nasceu em São Luís e sempre teve uma educação de muita alta qualidade. Dava aulas particulares de piano em casa, mas também usava seu tempo para lecionar aulas de música no Liceu Maranhense, na Escola Técnica e no Colégio São Luís.
Lilah Lisboa considerada uma das pianistas mais talentosas do Maranhão, chegou a ser elogiada pelo grande maestro Villa Lobos. Ela tentou movimentar a cena artística do Maranhão com a SCAM, congregando a classe artística e empresarial para promover a vinda de artistas internacionais e artistas de outros cantos do nosso país para o Maranhão. A SCAM acabou com a ida da Lilah para o Rio de Janeiro, a sociedade já sofria muitas dificuldades com a debandada dos artistas maranhenses para outros centros e além de outras dificuldades que geraram muitos desgastes para a Lilah Lisboa.
S.C.A.M ” Sociedade de Cultura Artistica Maranhão ” promovia programas de concertos e eventos de música erudita e “folclórica” como também promovia peças teatrais e exposições de pintura. A SCAM tinha como presidente uma liderança feminina: Lilah Lisboa.
São Luís, 11 de agosto de 1860. Logo nas primeiras páginas do jornal A Moderação, anunciava-se o lançamento do romance Úrsula, “original brasileiro”. O anúncio poderia passar despercebido, mas algo chamava atenção em suas últimas linhas: a autoria feminina da “exma. Sra. D. Maria Firmina dos Reis, professora pública em Guimarães”. Foi assim, por meio de uma simples nota, que a cidade de São Luís conheceu Maria Firmina dos Reis – considerada a primeira escritora brasileira, pioneira na crítica antiescravista da nossa literatura.
Negra, filha de mãe branca e pai negro, registrada sob o nome de um pai ilegítimo e nascida na Ilha de São Luís, no Maranhão, Maria Firmina dos Reis (1822 – 1917) fez de seu primeiro romance, Úrsula (1859), algo até então impensável: um instrumento de crítica à escravidão por meio da humanização de personagens escravizados.
Além de ter se lançado em um gênero literário sem precedentes no Brasil – e dado as diretrizes para os romances abolicionistas que apareceriam apenas décadas depois -, Firmina foi a primeira mulher a ser aprovada em um concurso público no Maranhão para o cargo de professora de primário. Com o próprio salário, sustentava-se sozinha em uma época em que isso era incomum e até mal visto para mulheres. Oito anos antes da Lei Áurea, criou a primeira escola mista para meninos e meninas – que não chegou a durar três anos, tamanho escândalo que causou na cidade de Maçaricó, em Guimarães, onde foi aberta.
Pouco se sabe sobre outros possíveis textos de Firmina, sobre os detalhes de sua vida ou sobre como uma mulher negra de origem pobre alcançou tanto sucesso em pleno regime escravocrata. A própria biografia de Firmina, escrita por José Nascimento Morais Filho em 1975, tem como título Maria Firmina: fragmentos de uma vida.
Símbolo de resistência à ditadura militar, Manoel da Conceição falece aos 86 anos de idade em Imperatriz, no Maranhão, onde viveu os últimos anos ao lado da família em uma casa de portas abertas aos movimentos sociais da região.
Perseguido, torturado e exilado, Mané da Conceição, como era mais conhecido, dedicou toda a sua vida à organização da luta pela democracia e pelos direitos dos povos dos campos e das florestas.
Primogênito do casal de lavradores Maria Leotéria e Antônio Raimundo, Manoel da Conceição nasceu no dia 24 de julho de 1935, no povoado Pedra Grande, no município de Coroatá, estado do Maranhão.
Foi em Pindaré Mirim que se estabeleceu como respeitado agricultor, ferreiro, membro assíduo da igreja evangélica e conheceu Rita Pinto, jovem piauiense com quem se casou e teve os dois primeiros filhos, Raquel, em 1961 e Manoel Filho, em 1963.
Repassou os novos conhecimentos e engajou-se, de fato, à luta camponesa a partir da criação de escolas de alfabetização e acalorados debates que deram origem ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais Autônomos de Pindaré Mirim, o primeiro nesses moldes no Maranhão.
A fundação foi marcada por uma grande assembleia realizada em outubro de 1963, no município de Santa Inês, com a presença de mais de mil pessoas decididas a se filiarem – que passaram a ser alvos diretos dos grileiros da região.
Com a anistia em 1979, Manoel da Conceição retorna ao país e participa da articulação de inúmeras associações, entidades e movimentos sociais para a organização popular, como a articulação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região e a fundação de organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural (CENTRU) e do Partido dos Trabalhadores (PT).
Ao longo dos anos, é amplamente homenageado em todas as regiões do país por entidades não-governamentais e governamentais, entre as quais a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Governo Federal, e com o recebimento do título de Doutor Honoris Causa da Unisulma, em Imperatriz, e da Universidade Federal do Maranhão, em São Luís.
A partir de 1984 passa a residir com a família em Imperatriz, onde se dedicou a cuidar da formação e organização de trabalhadores rurais de toda a região sul e sudoeste do Maranhão e permaneceu até os últimos anos de vida.